sábado, 15 de junho de 2013

REMAR

Ainda atordoado com algumas reflexões, sentado com "pernas de índio" estou a pensar em tantas coisas que acontecem nestes dias que se passam.

Não quero escapar do tema, e tentarei não expressar o sentimento que me envolve nestes dias de manifestações por todo o Brasil, e pelo mundo todo em auxílio. Mas quero deixar minha fala de apoio aos manifestantes, aqueles que realmente estão lá para fazer a diferença nesse país, enfrentando violência, desmotivação de uma parte da população, a grande mídia que não informa e manipula, mas firmes confiando num país melhor.
Escrevo mais sobre isso em breve, ainda estou atordoado.


Remar é preciso!
Remar...

Ao pensar nessa palavra, nessa expressão, nessa ação, a primeira coisa que me vem em mente é o ato de empurrar um barco a diante.
Barco esse que pode ser verdadeiro ou imaginário.
Barco que pode ser grande, pequeno ou simplesmente do tamanho que preferir.
Barco que dá abrigo, faz confiar.
Barco que ao sonhar pode ser pra somar.

Em frente, olhos no horizonte, focado no sentido final de seu ato.
Não olha pra trás, reme!
Remar é dar impulsão ao seu sonho, à sua vontade de ir.
Sonhar é imaginar algo a alcançar.
Pode ser somente um barco pra remar.

Remar é acreditar, é esforçar, é fazer acontecer.
Remar é remar, não tem como explicar!

A cada dia uma nova remada,
A cada sonho, algumas caminhadas...
A cada remada, um novo caminho,
A cada caminho um novo sonho de remar.

Remar é preciso, é possível, é necessário.
Remar é remar, não é preciso adversário.

Remar pode ser a favor da maré, calmo, estático, devagar...
Remar pode - e as vezes deve - ser contra a maré, com mais força, mas ação, mais emoção.
Se deixar levar pela maré, as vezes é necessário... Descansar, olhar, viajar.
As vezes é necessário parar, voltar, mexer.
Contra a maré é difícil, precisa esforço, precisa concentração.
Contra a maré só peixe vivo que nada...
Contra a maré, só gente acordada!

Remar é preciso, camarada!

Remo é o instrumento que a gente usa, pode ser um livro, um lápis, um violão.
Pode ser um tênis, uma luva ou cão.
Pode ser de dia, de noite ou madrugada,
Só não vale é ficar na parada!

Remar é preciso, camarada!

Remo eu e rema você.
Rema junto se quiser...
Rema contra, a favor ou não rema?
Rema pra frente, pra trás, qual esquema?
Rema porque rema, ou sonha remar?
Pra quê remar? Pra quê sonhar?

Não quero deixar a correnteza me levar...  EU QUERO REMAR!

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